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Há 38 anos, a Ticket chegava ao País. Conheça a história da empresa que revolucionou o mercado nacional de benefícios. Viaje pelos anos e décadas e descubra como os produtos Ticket melhoraram a qualidade de vida do trabalhador brasileiro e ajudaram no aumento da produtividade das empresas, levando mais negócio aos seus estabelecimentos credenciados.
PRODUTOS TICKET: UMA HISTÓRIA DE INOVAÇÃO
Uma longa trajetória fez da Edenred líder mundial em serviços corporativos pré-pagos. Hoje, os produtos e soluções oferecidos pela empresa estão divididos em três famílias, reunidas sob os conceitos de “Benefícios ao Trabalhador”, “Gestão de Despesas” e “Incentivos e Fidelidade”. Essa diversidade, no entanto, evoluiu do pioneiro Ticket Restaurante, por sua vez um produto que tem suas origens mais remotas na época da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), na Inglaterra.
TUDO COMEÇOU quando o governo britânico estabeleceu o racionamento de alimentos, devido à escassez de gêneros provocada pela Guerra. Em contrapartida, criou o Sistema de Alimentação Coletiva pelo qual cantinas e restaurantes existentes foram obrigados, mediante incentivo governamental, a preparar alimentos para a população, de forma a oferecer ao menos uma refeição quente por dia aos civis. Entre 1940 e 1943 fábricas e outras instituições passaram a também reivindicar o benefício da refeição e esse serviço começou a ser instalado gradualmente na maioria das companhias e organizações com mais de 250 empregados.
Ao final da Guerra, ainda na Inglaterra, esse sistema deu origem ao Programa de Alimentação do Trabalhador, que tinha por finalidade melhorar o desempenho dos trabalhadores para o esforço de reconstrução do país, garantindo alimentação de qualidade. Na esteira do Programa, o médico inglês John Hack criou, em 1954, a Luncheon Vouchers, primeira empresa do ramo de refeição-convênio – e que acabaria por criar o conceito de “voucher”.
A consolidação do modelo, porém, aconteceria na França, em 1962, quando Jacques Borel criou a empresa Crédit Repas, que oferecia o Ticket Restaurante, um sistema de vale de troca que logo se mostraria revolucionário para facilitar a alimentação de trabalhadores em grandes centros urbanos. Deu tão certo que, em 1973, o produto já era implantado em Portugal e, a partir de 1976, a ideia do Ticket passou a ser exportada a países como Brasil, Itália, Bélgica, Alemanha e Espanha.
NO BRASIL, o Ticket Restaurante encontraria uma condição extremamente propícia para se desenvolver. Naquele ano, o Governo Federal havia aprovado o Programa Nacional de Alimentação e Nutrição (PRONAN), com vigência prevista até o final daquela gestão, em 1979.
Com base nesse programa, foram estabelecidas as diretrizes para expansão do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), por meio da concessão de incentivos a empresas e instituições de empregados e empregadores, com ações de melhoria de nutrição nas áreas dos Ministérios da Educação, da Saúde e do Trabalho. Enquanto os dois primeiros ministérios voltaram-se à alimentação da gestante, da nutriz, da criança e do escolar, o Ministério do Trabalho deveria criar um programa de alimentação para o trabalhador. Na proposta do Ministério do Trabalho, caberia às empresas empregadoras a responsabilidade social da alimentação junto aos empregados, de maneira não obrigatória, mas estimulada por incentivos fiscais.
Assim, em 14 de abril de 1976 foi oficializado o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), inspirado no programa inglês do mesmo nome. Em seu primeiro ano de funcionamento, o PAT atingiria cerca de 760 mil trabalhadores de 1.287 empresas. E atualmente o programa ultrapassa a marca de nove milhões de beneficiados.
Embora o PAT só fosse efetivamente implantado em 1977, ainda em maio de 1976 a Jacques Borel Internacional trouxe o Ticket Restaurante para o Brasil e, com ele, o conceito de convênio para aquisição de refeições em horário comercial que já se disseminava pelo mundo.
A PARTIR DA DÉCADA DE 1980, a trajetória empresarial da Jacques Borel Internacional seria marcada por forte expansão. Da união com o Grupo Novotel surgiu, em 1983, o Grupo Accor, que protagonizou um crescimento extraordinário nas décadas seguintes. Atuando em mais de uma centena de países, com dezenas de marcas comerciais, a Accor conquistou a liderança mundial em prestação de serviços empresariais, hotelaria, viagens e turismo, a partir de um intenso processo de diversificação.
Com muita criatividade e espírito de inovação, surgiram assim os produtos que passaram a compor as famílias que hoje integram o portfólio da Edenred, criada em 2011 a partir do desmembramento das operações de hotelaria dos serviços pré-pagos gerenciados pela então Accor Services.
CONHEÇA A HISTÓRIA DE CADA UM DELES!
PRIMEIRO PARCEIRO DO PAT, o Ticket Restaurante (TR) chegou ao Brasil ainda em 1976 e em pouco tempo conquistou o mercado nacional, abrindo oportunidades a restaurantes pequenos e médios e a outras empresas fornecedoras do benefício refeição. O sucesso do produto acabaria transformando a expressão “Ticket Restaurante” em sinônimo de sua categoria, mesmo quando gerenciado por outras empresas.
Mas o pioneirismo teve seu preço. Inicialmente, a proposta causava certo estranhamento por parte de empresas e restaurantes. É que a alimentação do trabalhador era geralmente feita em refeitórios nas próprias empresas, com refeições oferecidas pelo empregador ou trazidas de casa – a famosa “marmita”. A oferta de restaurantes também era limitada: ou eram estabelecimentos mais sofisticados, com refeições à la carte, ou ofereciam apenas lanches. Foi necessário um período de ajustes para que a própria rede comercial se adaptasse a uma nova realidade urbana, oferecendo mais opções para a alimentação fora de casa. Até porque aspectos socioculturais, como a maior presença da mulher no mercado de trabalho e a consequente diminuição do tempo dedicado às tarefas domésticas, impulsionavam ainda mais essa demanda. Assim, já no final doa anos 1970 e, sobretudo na década seguinte, ocorreu grande diversificação no mercado de restaurantes, com opções mais econômicas, muitas no estilo self service, que impulsionariam sobremaneira a aceitação do modelo de refeição-convênio.
A CRIATIVIDADE DA EQUIPE DO TR, porém, teve um papel fundamental na disseminação desse novo conceito. Para ganhar a adesão de restaurantes não habituados a oferecer pratos simples e balanceados a preços acessíveis, foi lançada a “Refeição Ticket”. Os donos de restaurantes eram auxiliados na preparação de cardápios especiais com preço equivalente ao valor de um ticket, que eram previamente divulgados nas empresas próximas ao estabelecimento, atraindo a clientela. E mais: no horário de almoço, equipes da área de marketing da Ticket circulavam por vários restaurantes e premiavam quem fossem “surpreendido” servindo-se da Refeição Ticket.
Ao mesmo tempo em que levou o consumidor a adotar o Ticket Restaurante para fazer uma refeição completa no lugar de lanches rápidos, a estratégia criativa ajudou os estabelecimentos filiados a se adaptarem à nova e irreversível tendência do mercado de refeições.
O TR INTRODUZIU UM NOVO CONCEITO, que continua o mesmo apesar das mudanças de forma ao longo do tempo. Quando começou a circular, em 1976, o voucher era produzido pela Thomas de La Rue, empresa de origem britânica que também fabricava a cédulas oficiais para o Brasil e outros países. Cada voucher do Ticket Restaurante trazia impressa a marca da empresa cliente, embora também fosse comum que apresentasse apenas o carimbo com o nome da empresa. Como esse trabalho era executado manualmente, eram realizados verdadeiros mutirões para carimbar os vouchers e entregá-los aos clientes dentro do prazo, uma epopeia que envolvia de office-boys a diretores.
Naquela época, a segurança do voucher ainda não causava tanta preocupação, mas desde o início os vouchers já contavam com a linha CMC-7 – Caracteres Magnéticos Codificados em Sete Barras, também chamada “banda magnética”. Trata-se de um padrão de código de barras que traz uma sequência numérica na parte inferior do voucher ou cheque, mas com uma particularidade: a impressão tem que ser feita com toner magnético, o que dificulta a falsificação.
Em 1986, a Ticket decidiu investir na produção própria dos vouchers e iniciou a construção do Centro de Produção da Lapa, no bairro de mesmo nome. Isso tornou possível que, em 1994, com a introdução do plano de estabilização econômica do governo, o Plano Real, a Ticket fosse a primeira do setor a oferecer, apenas 28 dias após o lançamento do Plano, vouchers em Unidade Real de Valor (URV) e, pouco depois, na nova moeda – o Real.
Ao longo do tempo, os itens de segurança foram cada vez mais aperfeiçoados, incluindo a utilização de tinta especial e marca d’água (1990). A grande mudança, entretanto, veio após 20 anos da implantação do modelo, período no qual praticamente não houve alterações significativas. Para melhor atender às exigências do PAT, ficava cada vez maior a preocupação com a segurança do sistema. Os vouchers em papel ainda ocasionavam problemas para restaurantes – além dos furtos, também eram frequentes as fraudes e transtornos nas operações de caixa, o que levou muitos estabelecimentos a deixarem de aceitá-los. A Ticket realizou, então, o recadastramento de todos os estabelecimentos filiados do País e iniciou o planejamento da substituição dos vouchers por cartões eletrônicos, muito mais seguros e práticos. OS CARTÕES DE CRÉDITO ELETRÔNICOS se disseminavam rapidamente no Brasil na segunda metade da década de 1990 e o modelo começou a ser entendido como a evolução natural dos vouchers em papel. Em 1995 passaram a ser utilizados cartões nas transações do Ticket Combustível, tecnologia que se revelou um grande sucesso. A partir dessa experiência, em janeiro de 1996 a empresa migrou o sistema de reembolso tradicional dos estabelecimentos credenciados para a solução de cartões com chip, chamada Systeme Tec. Durante a conferência dos vouchers, bastava o dono do estabelecimento usar o cartão, digitar sua senha, e o valor era creditado na hora na conta especificada.
No entanto, para o Ticket Restaurante ainda não era possível realizar a substituição total do papel por cartões, pois havia empecilhos tecnológicos. Embora em 1997 o produto Ticket Alimentação já tivesse iniciado a realização de testes em supermercados de algumas cidades, substituindo os vouchers por cartões usados em transações online, o volume das transações com o Ticket Restaurante era bem maior. Como na época a conexão com a internet era lenta e deficitária em várias regiões do País, o uso de cartões magnéticos com conexão online em restaurantes, lanchonetes e outros pequenos estabelecimentos poderia gerar congestionamento na rede e, em consequência, grandes filas nos caixas. Caso a Ticket optasse pela implantação da tecnologia off line, com uso de cartão chipado, a empresa deveria realizar grande investimento para a ampliação de sua rede, ou realizá-la com algum parceiro, o que deveria ser estudado.
Assim, após a implantação do Systeme Tec, foi necessário observar o mercado para identificar a aceitação do cartão eletrônico e aprimorar a tecnologia. Em 2004 a empresa iniciou então um projeto piloto em parceria com a Smart.Net para a implantação do cartão do Ticket Restaurante entre os consumidores de Goiânia (GO). Pouco tempo depois, o teste foi estendido a outras cidades e regiões e, no mesmo ano, foi lançado o Ticket Restaurante Eletrônico.
EMBORA O TICKET RESTAURANTE ELETRÔNICO seja considerado mais prático e seguro, em algumas localidades o voucher em papel continua a ser usado, por conta de hábitos culturais. Para garantir a segurança de seu produto, em 2007 a Ticket lançou um novo modelo de voucher do Ticket Restaurante, o primeiro benefício-convênio, no Brasil e no mundo, a ser produzido em papel de segurança reciclado. Também pensando na questão da sustentabilidade, o voucher é confeccionado em tamanho reduzido para economizar papel.
Além do Ticket Restaurante tradicional, produtos similares foram criados para facilitar o trabalho das empresas, como o Cartão RH, de 2008, que pode ser usado por um novo colaborador enquanto o cartão definitivo não chega. O produto é identificado por um número que serve para todas as operações de manutenção e controle realizadas pela internet.
COMO ESTENDER OS BENEFÍCIOS DO PAT a todos os trabalhadores? Como resposta a essa demanda, em 1988 foi lançado o Cestaticket, especialmente direcionado a empresas situadas em áreas rurais ou de difícil acesso. Com ele, a empresa passou a fornecer uma cesta de gêneros básicos para a alimentação do trabalhador e sua família. Num primeiro momento, a Ticket adquiria as cestas de empresas montadoras e efetuava a distribuição, mas ainda naquele ano investiu em um centro próprio de montagem.
A ideia de fornecer alimentos in natura para o trabalhador e sua família já havia sido implantada pelo Grupo no México, em 1983, sob outro formato, pelo qual o próprio trabalhador podia escolher e comprar gêneros alimentícios em estabelecimentos credenciados por meio de vouchers. Em 1991 esse produto foi implantado no Brasil, recebendo o nome de Ticket Alimentação.
Em época de grande escalada inflacionária, porém, o Ticket Alimentação acabou se transformando numa espécie de moeda informal, sendo utilizado para a compra de vários tipos de produtos, não necessariamente gêneros alimentícios, e em estabelecimentos não credenciados, o que ia de encontro ao caráter principal do PAT, que é o subsídio da alimentação do trabalhador. Além disso, os vouchers em papel também traziam problemas aos supermercados, porque estavam sujeitos a fraudes e dificultavam as operações de caixa, o que levava as operadoras a cobrar taxas muito altas sobre o valor do voucher e diversos estabelecimentos a deixarem de aceitá-los.
Diante desses problemas, no final da década de 1990, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) constituiu uma comissão especial com membros do segmento para pensar em possíveis soluções, como a migração do voucher em papel para cartão eletrônico.
ATENTA A ESSA DEMANDA, a Ticket foi pioneira na transição do voucher para o cartão eletrônico, efetuando os primeiros testes ainda em 1996. Embora a solução parecesse adequada, havia empecilhos tecnológicos – ainda que a transação online oferecesse diversas facilidades, naquela época a conexão com a internet ainda era lenta e deficitária em várias regiões do País.
Na busca por alternativas, a Smart.Net desenvolveu uma tecnologia de cartões inteligentes, o TA-TEC, lançado pela Ticket em outubro de 1997 para testes em estabelecimentos de São Paulo e Brasília. O usuário fazia o pagamento das compras usando um cartão magnético, mediante uma senha, enquanto o estabelecimento possuía um cartão com chip, pelo qual realizava transações de reembolso.
A partir dessa experiência piloto, foi necessário estudar o mercado para identificar a aceitação do cartão eletrônico e aprimorar a tecnologia. Até que, em 1999, foi lançado o Ticket Alimentação Eletrônico, cartão magnético para benefício alimentação pioneiro no mundo. Antes, o estabelecimento que recebia vouchers em papel precisava reuni-los e entregá-los em um local predeterminado para ser reembolsado. Já as transações com o cartão eletrônico, que passaram a ocorrer dentro de um sistema, permitem não apenas a redução dos custos operacionais para o estabelecimento credenciado como tornam a operação absolutamente segura. Pesquisas realizadas após a migração constataram que foram eliminados problemas de furtos internos e riscos de entrega dos benefícios em papel até o momento do reembolso, além de evitar falsificações de vales de papel.
Para os usuários, a grande vantagem do cartão eletrônico também foi a segurança. O trabalhador passou a recebee o crédito automaticamente no seu cartão, podendo utilizá-lo mediante senha. Por ser um instrumento mais seguro, o cartão constituiu um elemento para fortalecer ainda mais o PAT. A ACEITAÇÃO DO TA FOI TÃO BOA que dele surgiram algumas variações para serem distribuídas em ocasiões especiais – em maio de 1999 foi lançado o TA Natal e, em 2004, o TA Páscoa. Outra importante solução foi o Cartão RH, lançado em 2008, que atende os clientes Corporate, simplificando o pagamento dos benefícios Ticket Alimentação para funcionários recém-admitidos ou temporários. Em 2010 foi lançado, ainda, o Ticket Alimentação Seguros, destinado principalmente às seguradoras que fazem indenizações de sinistros com cestas básicas.
GRANDE CONQUISTA DOS TRABALHADORES BRASILEIROS, o vale-transporte foi criado pela Lei 7.418, de 16 de dezembro de 1985 em 1985, levando os empregadores a custearem o transporte do trabalhador entre a residência e o trabalho e vice-versa. Embora no início a concessão do benefício fosse facultativa, tornou-se obrigatória cerca de dois anos depois e acabou por transformar o vale-transporte em principal fonte de financiamento para a operação de transporte urbano no País, sendo responsável por quase 50% do faturamento do setor.
Apesar das vantagens evidentes do benefício, as empresas encontravam grandes dificuldades para aplicá-lo. Os departamentos de Recursos Humanos tinham de calcular os itinerários de cada colaborador, comprar os bilhetes diretamente nas administradoras de transporte público (Metrô, EMTU etc.) e separá-los de acordo com a necessidade de cada um. Além de trabalhosa, essa operação também envolvia riscos consideráveis, uma vez que era necessário movimentar grandes montantes, em dinheiro ou em bilhetes. Por esses motivos, chegou a ser cogitada a extinção do vale-transporte e apenas no início da década de 1990 a lei começou a ser efetivamente aplicada.
A TICKET PERCEBEU A OPORTUNIDADE. Na Califórnia, Estados Unidos, já existia desde 1991 um produto destinado ao pagamento de transporte coletivo, o Transit Chek, que foi sistematicamente estudado. O sistema, afinal, não diferia muito dos demais benefícios relacionados ao PAT e a empresa poderia atuar como mediadora entre os departamentos de Recursos Humanos das empresas clientes e as operadoras de transportes, facilitando a oferta de um produto massificado.
Por volta de 1992 a Ticket encomendou uma pesquisa para a Universidade de São Paulo (USP) sobre o mercado de vales-transportes, que indicou que o grande mercado estava em São Paulo, uma vez que a logística em outras regiões era muito ruim. Para atingir esse mercado, era necessário ter foco em clientes específicos – empresas com cerca de 800 funcionários.
Apoiada nesse critério, no ano seguinte a Ticket recebeu concessão especial para comercializar o vale-transporte das companhias de transporte urbano de São Paulo. Nascia, assim, o Ticket Transporte. O novo produto oferecia um serviço completo de gestão do benefício, a partir de uma logística de compra e distribuição de vale-transporte. A primeira empresa a habilitar a Ticket para terceirizar o serviço foi a Companhia do Metropolitano de São Paulo, o Metrô, em 29 de junho daquele ano. Com o rápido crescimento das vendas, algumas administradoras viram que a Ticket poderia aumentar o seu volume de vendas, passando a considerar o Ticket Transporte como um parceiro.
PARA OS CLIENTES, FOI UM ALÍVIO. O trabalho de comprar e separar uma infinidade de diferentes tipos de vales foi transferido para a Ticket, desafogando sobremaneira os RH’s dos clientes. Como cada operadora tinha um processo diferenciado para aquisição dos vales, a Ticket desenvolveu um modelo de negócios capaz de fazer a intermediação da compra, manuseio e entrega do produtos aos seus clientes.
Além disso, a Ticket criou uma verdadeira “linha de produção” para a montagem dos kits de bilhetes, que passou a ser feita numa área especialmente estruturada na Rua Tito, bairro da Lapa. A equipe do Ticket Transporte comprava os vales de cada operadora de transporte público da Grande São Paulo e ali fazia a separação e o envelopamento.
No início, a Companhia Municipal de Transportes Coletivos (CMTC) – atual SPTrans – representava cerca de 45% do volume de vendas do Ticket Transporte, enquanto o Metrô respondia por cerca de 20%. O restante era pulverizado entre outras administradoras da região da Grande São Paulo, composta na época por 37 municípios (hoje são 39).
Em pouco tempo, os mesmos concorrentes da Ticket nos produtos relacionados ao PAT lançaram produtos semelhantes. Porém, diante do grande volume de bilhetes representado pelos contratos da Ticket, a empresa conseguiu um ganho logístico estratégico, entrando em acordo com o Metrô, que passou a entregar os bilhetes em carro forte diretamente no centro de operações na Rua Tito, em regime de consignação.
Em cinco anos de atividades, houve apenas um caso em que o Ticket Transporte foi comercializado fora da Grande São Paulo, para clientes do Rio de Janeiro que já conheciam o serviço prestado em São Paulo. Os custos, porém, eram muito altos e a atividade em grande escala era inviável. Para atender adequadamente, era necessário ter uma estrutura semelhante à da Lapa no Rio de Janeiro. Por isso, o Ticket Transporte só foi para outras regiões após 1998.
O TICKET TRANSPORTE ACOMPANHOU AS MUDANÇAS DO SETOR. A substituição do vale em papel pelo bilhete eletrônico, em 1997, foi uma das principais transformações. Houve projetos para que o Ticket Transporte participasse da administração da bilhetagem eletrônica, mas para isso seria necessário ter muitos parceiros, como uma grande empreiteira e empresas de tecnologia, entre outros. Além disso, era um negócio que se distanciava muito da atividade principal da Ticket.
Com a bilhetagem eletrônica, algumas atividades deixaram de existir, como o transporte e a guarda dos vales. A total substituição do vale transporte em papel na SPTrans, ocorrida em 2004, representou um grande impacto nas operações do Ticket Transporte, pelo grande volume atendido (120 mil usuários, representando 70% das operações do Ticket Transporte) e pelo curto tempo para a migração. Apesar das dificuldades, a Ticket venceu o desafio, e em menos de nove meses todos os usuários da SPTrans já estavam utilizando o bilhete eletrônico.
A Ticket saiu na frente ao incentivar o acesso universal à cultura com a criação da Semana Ticket Cultura & Esporte. O projeto, que incentiva práticas dos mais variados segmentos culturais, ganhou ainda mais força com o Ticket Cultura, o primeiro produto que oferece o acesso cultural aos seus beneficiários.
Trata-se de um produto totalmente inovador para a área de Recursos Humanos, que pode oferecer ao seu colaborador ainda mais opções de lazer e mais qualidade de vida.
Aguardando regulamentação do governo, apesar de já aprovado na Câmara dos Deputados, o produto será lançado assim que o projeto de lei do Vale-Cultura for aprovado.
O Ticket Cultura garantirá a inclusão social e cultural do trabalhador, já que a empresa poderá conceder facultativamente o valor de R$ 50 por mês aos seus colaboradores. Este valor se destina exclusivamente para fins culturais, como: cinema, teatro, museu, espetáculo artístico, livros e outras atividades.
Vale ressaltar que este valor não será considerado como salário e não incidirá encargos sociais e trabalhistas.
As empresas que declaram Imposto de Renda com base no lucro real e concederem o Ticket Cultura a seus colaboradores ainda poderão deduzir até 1% do imposto devido. O abatimento será através do PCT (Programa de Cultura do Trabalhador). Além de favorecer o acesso a diversão e ao lazer, o Ticket Cultura cria mais emprego e renda, reduz a violência e incrementa as cadeias produtivas envolvidas.
A Ticket segue investindo em Cultura, facilitando o acesso da população a shows, oficinas, peças de teatro e filmes, por meio da Semana Ticket Cultura & Esporte, que este ano teve sua sexta edição. Nas últimas 5 edições, o evento ofereceu atividades culturais e esportivas gratuitas a mais de 480.000 pessoas em diferentes capitais brasileiras e, neste ano, o evento promoveu mais de 300 atividades totalmente gratuitas na cidade de São Paulo. Foram mais de 54 espetáculos teatrais, 180 sessões de cinema e 26 oficinas esportivas que capacitaram professores e alunos em diversos CEUs (Centros Educacionais Unificados), além de 14 dias de entrada gratuita no MASP, apresentações circenses, shows de MPB e música erudita e contação de histórias, espalhados por 30 pontos da cidade. Com a proposta de levar arte, cultura e esporte ao maior número possível de pessoas durante duas semanas, a Ticket conseguiu inserir a Semana Ticket Cultura & Esporte no calendário cultural de São Paulo e espera, a cada edição, atingir um número maior de pessoas.
E, assim que for aprovada a Lei do Vale-Cultura, a Ticket mais uma vez inovará com o lançamento oficial do produto Ticket Cultura, contribuindo com o acesso dos trabalhadores brasileiros aos bens culturais, reforçando cada vez mais o nosso compromisso com a democratização da cultura no nosso País.
(*) em 23 de julho de 2010, o então presidente Luís Inácio Lula da Silva formalizou o envio ao Congresso Nacional do Projeto de Lei que regulamento a "Vale Cultura". Tem Cultura, tem Ticket.
O CONTROLE DE GASTOS COM COMBUSTÍVEL sempre foi uma das maiores preocupações dos empresários que lidam com frotas de veículos. Em meados da década de 1990 calculava-se que cerca de 50% do custo operacional de uma transportadora vinha daí. Desse valor, por volta de 40% era resultado de práticas abusivas praticadas por motoristas que solicitavam aos postos de abastecimento notas fiscais com valor acima do que de fato havia sido gasto com o abastecimento. Para coibir essas distorções surgiu assim um novo nicho de mercado, o de gestão de frota.
Naquela época, o então Grupo Verdi – hoje Empresas Rodobens – planejava lançar um produto nesse segmento, por meio da empresa Rodoticket. No final de 1989 a Ticket comprou 60% da Rodoticket e, em associação com o Grupo Verdi, no ano seguinte lançou o Ticket Combustível, produto destinado a empresas que desejavam substituir o tradicional reembolso de combustível para seus funcionários e prestadores de serviço, semelhante ao já conhecido sistema do Ticket Restaurante.
O GRANDE DESTAQUE DO TICKET COMBUSTÍVEL seria o pioneirismo no lançamento da versão eletrônica, em maio de 1995 – o Ticket Combustível Systeme TEC-Technologie, que utilizava um sistema eletrônico francês inédito no país. Por ele, um valor predeterminado era carregado no cartão e, a cada vez que o usuário o utilizava na rede credenciada, o valor correspondente era debitado. Essa tecnologia facilitou as operações de abastecimento e também abriu caminho para novos negócios.
Diferente dos produtos ligados ao Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT), o Ticket Combustível não tinha nenhum vínculo com obrigações legais. Para ser um produto atrativo aos clientes, era necessário posicioná-lo como uma ferramenta estratégica e de redução de custos. Assim, o uso do chip foi um diferencial, já que voucher ou cartão magnético davam margens a fraudes, e a tecnologia smart card do Ticket Combustível armazenava todos os dados das operações, como horário em que o serviço era prestado e o valor gasto, o que evitava fraudes.
VISANDO REPOSICIONAR O PRODUTO, a Ticket então promoveu diversas pesquisas junto aos clientes, concluindo que ele não atendia plenamente às necessidades do mercado. Especialmente diante da realidade do País no final da década de 1990, marcada pela retomada do crescimento e alinhamento à economia global, era fundamental que as empresas brasileiras – especialmente as recém-privatizadas – reduzissem custos para tonarem-se mais competitivas. E, no que dizia respeito às frotas, era preciso um serviço que permitisse não apenas o controle de fraudes, mas otimizasse os serviços de abastecimento e de manutenção. A possibilidade de terceirização da gestão de frotas, como todos os serviços que não faziam parte das atividades-fim das organizações, também era uma demanda importante.
A partir dessas constatações, foi concebido um novo conceito de produto, o Ticket Car, que integrava diversos serviços: abastecimento, controle de frota (controle do tipo de combustível, capacidade do tanque, limite de utilização, hodômetro, lavagem), controle de fraudes e ainda serviços de manutenção.
APESAR DO CONTEXTO FAVORÁVEL, o lançamento do novo produto foi seriamente ameaçado. O software que gerenciaria os serviços estava em processo de desenvolvimento por uma empresa especializada que, no entanto, faliu antes de concluir o trabalho. A Ticket agiu rapidamente e conseguiu envolver um novo parceiro para criar outro sistema. Trabalhando dia e noite, conseguiram entregar o programa em apenas um mês e meio.
Em 1998, o Ticket Combustível foi substituído pelo Ticket Car, que contava com um cartão Smart. Parte das operações era feita off-line e parte era realizada remotamente, por meio de um site na Internet que, além das facilidades de atualização em tempo real, absorvia a pesada estrutura tecnológica, antes instalada na rede corporativa da empresa cliente. Dez anos depois de lançado, a segurança das informações e das transações financeiras continuou a ser uma grande preocupação, e os cartões foram substituídos pelo padrão internacional EMV (que possui chip e tarja magnética no mesmo plástico), utilizado pela primeira vez no mercado brasileiro para este tipo de produto.
ESSES SERVIÇOS AGREGARAM VALOR AO TICKET CAR, que passou ao status de consultoria estratégica. O produto permitiu a redução adicional em torno de 20% ou mais na gestão da manutenção e serviços agregados para frotas, dependendo dos serviços contratados. Além disso, a performance do Ticket Car permitiu a realização de parcerias estratégicas, como a firmada em 2004 com a Shell, com o objetivo de incentivar o abastecimento dos 30 mil usuários do Ticket Car nos postos da distribuidora e dar preferência ao cadastramento de postos Shell, e com a Esso em 2008, quando o Ticket Car passou a atender os clientes do EssoCard. A partir de 2009, o Ticket Car também passou a ser oferecido fora do Brasil e atualmente está presente no Chile, México e Argentina.
Em 2010, o Ticket Car também passou a oferecer um diferencial para as empresas que buscam a sustentabilidade. A partir do consumo de combustível da frota, o Ticket Car Carbon Control gera relatórios detalhados sobre o volume de emissão de CO2.
No mesmo ano, foi lançada mais uma novidade - o Ticket Car Track Online, solução disponível para os gestores que desejam ter o controle em tempo real de sua frota e que foi considerada uma evolução no conceito de gestão de frotas. Por meio de relatórios e gráficos analíticos diários, semanais e quinzenais, o Ticket Car Track Online possibilita análise detalhada do comportamento de frotas de veículos leves e pesados, que é feita 100% via internet. Com a tecnologia de telemetria e monitoramento, é possível controlar, em tempo real, o desempenho e o comportamento de veículos e motoristas em diferentes rotas, de modo a identificar a ociosidade para otimização do uso da frota e a condução ou o uso inadequado por motoristas. No limite, essa solução representa o aumento da vida útil dos veículos e o maior valor de revenda, além da prevenção de multas de trânsito e acidentes. As vantagens do gerenciamento com um sistema tão amplo vão além do controle de combustível e a ampliação da oferta de produtos facilita o dia a dia dos gestores e usuários.
AINDA EM 2010, A TICKET FECHOU UMA PARCERIA INÉDITA com o Grupo Carrefour, que ampliou a oferta de cartões corporativos. A nova linha de produtos foi desenvolvida com layout Carrefour e endosso da marca Ticket para os produtos Alimentação (Ticket Alimentação) e Combustível (Ticket Car), e layout padrão da Ticket para o produto Ticket Restaurante. A Edenred é responsável pela gestão de toda a operação, desde a emissão dos cartões até o processamento e controle financeiro das transações, enquanto a gestão comercial dos produtos, as vendas e o atendimento especializado às áreas financeiras e RHs das empresas ficam com o Carrefour Empresarial. A rede de lojas do Grupo Carrefour é outro diferencial da nova parceria, uma vez que os clientes podem utilizar os benefícios nas lojas de bandeiras Carrefour Hipermercado, Carrefour Bairro e Postos de Combustível Carrefour nas cidades onde a empresa está presente. As empresas-clientes também contam com a rede credenciada específica da Ticket para atender as cidades em que não há estabelecimentos do Grupo Carrefour.